quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Das coisas que eu entendo

     É por vezes libertador. É também traiçoeiro. É saber ao certo que coisas incertas me rodeiam o tempo inteiro. Pode ser completamente totalitário pensar que o fato de estar só tem me feito bem, mas seria hipocrisia negá-lo. A solidão, que muitas vezes é nossa maior companhia, faz com que pensemos longe, analisemos os fatos, consolidemos atos, e, principalmente aflora ou negligencia nossa ambição.
     Estar só é pensar por si e não ser egoísta, mas sim, querer algo à mais. É uma visão futurística independente, onde se preza o que se tem e se busca alcançar maiores patamares. É ter em si um poder único de decidir sozinha sua própria vida, sem interferências significativas ou definidoras de algo. É estar sempre à procura do novo e tendo como objetivo sempre a evolução.
     Posso ter meus momentos solitários, onde tudo o que eu preciso é de um ombro pra escorar minha cabeça.
      Posso, às vezes me sentir perdida e sozinha. Mas isso é porque de fato estou por real e total opção. 
      Mas do que adiantaria ter alguém? 
      Ter alguém do lado, sem a sua companhia? Prefiro então me sentir só por estar sozinha!


"Penso: quando você não tem amor, você ainda tem as estradas."
                                                                          Caio Fernando Abreu

Um comentário:

Yuri Raskin Pospichil disse...

Teu estilo é bem forte e limpo, tu não é só uma escritora convencional, tua abordagem é madura...não acho popular e sim intelectual, parabéns pelo blog, começou muito bem!