Não te quero como um capricho, um desejo, uma vontade. Não estou perdendo minha lucidez e nem quero despejar-me em teu caminho. Não espero tua infelicidade nem tampouco que me animes.
O que eu espero vai além dos corpos, está na alma. Está no fruto do pensamento, é indefinível. Não se diz intenso, mas não fraco. É algo que provavelmente esteja além do plano terrestre... pois não há, neste mundo, o que possa definir isso. Não há amor que explique tanta insensatez. Não há o que pague, pois não há preço... há valor.
O que eu sinto ultrapassa qualquer um dos meus sentidos racionais. É uma vontade profana de poder modificar a vida real e a ordem dos fatos e fatores de forma atemporal.
Suplico ao tempo que tenhas piedade. Que ele valorize o que eu venho sentindo e o que foi ou há de vir. Que lembre que eu precisei fazer coisas para isso concluir e que considere toda a minha mais fiel sinceridade.
Estou num campo de batalha comigo mesma, decido coisas invariavelmente sozinha para que eu possa ter um chão firme pra poder seguir em frente em meio a tantas trincheiras. Somente com inimigo em guerra eu poderei, enfim, ter minha paz.
"Eu não quero que seja pra sempre, nem que seja o certo.
Só quero que seja."
Caio Fernando Abreu
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