domingo, 25 de setembro de 2011

Deixa eu me perder


Não, eu não fui falar contigo.
No fim, não fiz o que eu queria. 
Sorri nos dias e chorei nas noites em que teu rosto aparecia de forma confusa pra mim. Nada era claro e as imagens, nada nítidas.
Bebi doses de indecisão, dedicando a ti cada novo copo posto a minha mesa. E sorria com vontade de correr atrás... mas fui forte.
Cada novo momento de incerteza, saudade ou qualquer desses sentimentos injustos, criava minha própria justiça, até que a vida venha e encarregue-se dela.
Dancei, bebi, chorei, sorri... dediquei todos meus momentos, felizes ou não, a tua falta de caráter e ao teu desamor. E amei em tua homenagem.
Do nosso amor, já não existe mais nada. Talvez uma mágoa sofrida e alguns apertos no peito que estão longe de serem saudade.
A nossa música, que costuma tocar apenas quando quero ouvi-la, não me remete mais as tuas intrépidas palavras.
Teu rosto, teu corpo, tua carne formam um novo ser humano qualquer. E já que me abandonaste há tanto, sinto que hoje posso te abandonar. Mas, por favor, não encare isso com um adeus. Esteja sempre pronto pro meu “até logo...”



"Deixa eu me perder 
Pequeno mundo meu
Menos que esquecer
Ficar dizendo coisas
Que não me vêm
Ontem eu sumi
Parece estranho, eu sei
Mas escureceu
Pequeno mundo meu
Eu anoiteci..."

Deixa eu me perder
Vitor Ramil





Um comentário:

Lipe disse...

Perfeito, como sempre ^^