Olha, eu não sou daquelas pessoas que nunca voltam atrás do
que dizem e nem tampouco procuro por isso.
Desde aquele sábado (era um sábado,
não? Com cara do pior dos domingos mais cinzentos, mas tenho quase certeza de
ser sábado). Então, desde aquele sábado tenho sido menos sóbria com relação a
certezas.
Te
escrevi e des-crevi alguns diálogos e tive as mais diversas vontades, que
variaram entre te ter e te matar, ou te perder e te encontrar. Não-lúcidas
vontades, todas, todinhas eram uma miscelânea de amor e ódio. As que pareciam
alegrias estavam apenas usando máscaras para poderem disfarçar a dor, coitadas.
Vivem espantadas e com medo, não sabem mais o que é correto a se fazer contigo
desde aquele sábado embriagado, finalizado.
Cato no
chão os estilhaços atirados de amor próprio, que volta e meia a ressaca vem e
derruba novamente, outros ela te joga, e alguns restantes sou eu quem faço o
favor de lhe entregar. Tenho brigado comigo mesma para manter total distância
de ti e de toda essa tua viagem sem volta.
O problema é que, entre festa e outra, doses
de tequila e novas decepções, tu me pareces tão caloroso, um novo ou outro
homem (fantasias que a realidade desmistifica).
"Levanta dessa cama garota. Anda! Sei que tá doendo, mas levanta. Coloca uma roupa. Passa a maquiagem. Arruma esse cabelo. Ajeita a armadura. Segura o coração. Sai por aquela porta. Enfrenta o vento. Sorri pro sol. Segura o coração. Olha pra ele. Passa reto. Não caia. Não caia. Engole o choro. Finge de morta quando ele falar com você. Seja fria. Continue andando. Enfrente seus problemas de cara. Reaja. Vai. Tá pensando que é só você que sofre? Tá enganada. Anda menina. Para de ser infantil. A culpa não é de ninguém…Se apaixonou agora segura. Anda. Seja forte. Seja feliz. Seja uma mulher."
Caio Fernando Abreu
Um comentário:
LINDO!!
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