quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Stronger than me


               Olha, eu não sou daquelas pessoas que nunca voltam atrás do que dizem e nem tampouco procuro por isso. 
            Desde aquele sábado (era um sábado, não? Com cara do pior dos domingos mais cinzentos, mas tenho quase certeza de ser sábado). Então, desde aquele sábado tenho sido menos sóbria com relação a certezas.
          Te escrevi e des-crevi alguns diálogos e tive as mais diversas vontades, que variaram entre te ter e te matar, ou te perder e te encontrar. Não-lúcidas vontades, todas, todinhas eram uma miscelânea de amor e ódio. As que pareciam alegrias estavam apenas usando máscaras para poderem disfarçar a dor, coitadas. Vivem espantadas e com medo, não sabem mais o que é correto a se fazer contigo desde aquele sábado embriagado, finalizado.
          Cato no chão os estilhaços atirados de amor próprio, que volta e meia a ressaca vem e derruba novamente, outros ela te joga, e alguns restantes sou eu quem faço o favor de lhe entregar. Tenho brigado comigo mesma para manter total distância de ti e de toda essa tua viagem sem volta.
            O problema é que, entre festa e outra, doses de tequila e novas decepções, tu me pareces tão caloroso, um novo ou outro homem (fantasias que a realidade desmistifica). 


"Levanta dessa cama garota. Anda! Sei que tá doendo, mas levanta. Coloca uma roupa. Passa a maquiagem. Arruma esse cabelo. Ajeita a armadura. Segura o coração. Sai por aquela porta. Enfrenta o vento. Sorri pro sol. Segura o coração. Olha pra ele. Passa reto. Não caia. Não caia. Engole o choro. Finge de morta quando ele falar com você. Seja fria. Continue andando. Enfrente seus problemas de cara. Reaja. Vai. Tá pensando que é só você que sofre? Tá enganada. Anda menina. Para de ser infantil. A culpa não é de ninguém…Se apaixonou agora segura. Anda. Seja forte. Seja feliz. Seja uma mulher."
Caio Fernando Abreu

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